De um modo geral as técnicas de enxerto ósseo servem para colocar o osso em áreas onde este já não existe ou foi extremamente reabsorvido e com o intuito de dar volume ou mesmo altura para a instalação de implantes dentários. Estas técnicas de enxertos ósseos podem ser realizadas em pequenas áreas referente a um ou dois dentes ou mesmo em toda a arcada para reabilitações totais.
No passado, quando aparecia um paciente com pouco osso a solução passava sempre por um tratamento muito demorado e até desconfortável para o paciente. Era uma técnica morosa porque era realizada em quatro fases sujeitando o paciente a três intervenções cirúrgicas. A primeira fase era a de um enxerto ósseo que não era nada mais nada menos do que colocar osso no maxilar. Este osso poderia ter três origens:
- Em bancos de osso e que demora cerca de oito meses mais ou menos a integrar porque é um osso morto;
- Biomateriais que podem ser de origem animal;
- Origem sintética ou do próprio paciente que é um osso vivo e que demora cerca de quatro a seis meses a osteointegrar.
Segundo estudos científicos o melhor é o osso do próprio uma vez que contém o ADN do paciente. A primeira fase falada anteriormente, acarreta alguns problemas, é uma cirurgia mais invasiva onde há duas regiões intervencionadas é mais cara pois tem que ser realizadas em bloco o que implica duas equipas cirúrgicas, a de medicina dentária e de ortopedia.
A impossibilidade do uso de uma prótese entre quatro ou oito meses até o osso estar perfeitamente integrado e passado desta primeira fase vem a segunda que consiste na instalação de implantes no osso osteointegrado e os estudos indicam que o sucesso destes implantes é cerca de 90% dependendo do tipo de osso utilizado.
Após esta fase o paciente já pode utilizar próteses mas continuará a sentir algumas dificuldades. Depois temos a terceira fase em que vamos expor os implantes que estavam submersos e após isto vamos fazer os moldes para a prótese definitiva ou seja chegamos ao fim do nosso tratamento para a colocação dos dentes definitivos.
Hoje em dia não precisa de passar por todo este processo pois já existem técnicas cirúrgicas de reabilitação total sem enxerto mais avançadas, mais previsíveis e menos dolorosas e muito menos dispendiosas.